domingo, 12 de julho de 2009

Apresentado o livro "Angola: a voz profética dos Bispos da CEAST (1975-2002)"


No dia 10 de Julho, pelas 16h.00, no Lar da CEAST em Luanda, foi apresentado o livro "Angola: a voz profética dos Bispos da CEAST (1975-2002). Uma antropologia teológica para a educação para a paz". Falando na cerimónia do lançamento do livro, o orador principal, apresentador da obra, o Pe. António Lungieki Pedro Bengui, Chanceler da Arquidiocese de Launda, destacou o seguinte:
Excias. Srs. Bispos
Sra. Deputada
Excia. Sr. Vice-Ministro do MAPESS
Revdos. Srs. Padres
Revdas. Irmãs
Caros convidados
Senhoras e senhores,


1- Queremos justificar a nossa presença, aqui e neste momento, querendo ser testemunhas da leitura e estudo do conteúdo dos Documentos da CEAST (em particular sobre as Cartas, Mensagens, Notas e Exortações Pastorais) publicados desde o ano de 1975 até 2002; fruto do trabalho de investigação científica iniciado pelo meu caro amigo e colega Revdo. Pe. André Vela Ngaba.

Coincidente ou tecnicamente, a delimitação do percurso investigativo representa um pormenor de obrigação visual: 1975 e 2002. Ano da Independência de Angola e o de fim de guerra de armas, respectivamente. Esta técnica científica exigiu o autor e exige-nos a nós testemunhas, fixar particular atenção no acesso do País Angola às responsabilidades da libertação política pelos caminhos da Paz e da autonomia soberana. Os contrastes de programas, as divergências de métodos e as diferenças de mentalidades, tornaram difícil, durante quase trinta anos, o seguimento dos caminhos pensados ab initio.

Passado este período e para não deixar perder a razão de ser dum Povo, a união e conjugação de esforços impoem-se agora ainda com mais vigor, para todos os angolanos empreenderem a tarefa da estruturação da Pátria, da condução do Povo – soberano e responsável, na compreensão do próprio homem, na reconstrução digna da sociedade pelos caminhos da Paz, Justiça e Desenvolvimento.

2- Desde o ano de 1975, ponto de partida da investigação do nosso autor, a Igreja – CEAST – sempre se preocupou com o sector da libertação do homem: procurou compreender e promover o ser humano – sujeito querido e preferencial, entre todos os seres, do Criador. Que tipo de homem o Pe. André encontrou nos Documentos da CEAST?

Os Bispos apresentam, nos Documentos Pastorais, uma visão profundamente cristã do homem; por isso mesmo, antropologia teológica. Consideram o homem criatura de Deus que, no grande cortejo dos seres, foi considerado preferencial pelo próprio criador, dotando-o de cabeça para pensar, liberdade e consciência para tomar decisões e vontade para apreciar com critério avaliativo, o bem escolhido.

Nos Documentos dos Bispos da CEAST, está, segundo o Pe. André, uma antropologia de Fé, de Esperança e dos Desafios (cfr. Págs. 53ss). Deus cria o homem livremente, e na plena liberdade. Liberdade e responsabilidade se conjugam e possibilitam a pessoa humana exprimir a sua liberdade e relacionar-se na amizade com Cristo. Pensamos, obviamente, nos princípios da dignidade da existência pessoal e da defesa da vida. Negar essa verdade (como aconteceu na história... deste País) é obstacular a “quaestio de homine” e tentar construir uma antropologia sem fundamento.

Assim como a natureza da Igreja é a Missão, ela reconhece-se, ao mesmo tempo, ser portadora de uma verdade que não vale só para alguns, mas verdade e valor universais. É o que ensina a Igreja. E é o que dá fundamento aos direitos universais do homem, reconhecidos e declarados nos Instrumentos nacionais internacionais, sustentados por um pensamento sobre a centralidade da pessoa humana, com base na Lei e no Direito Natural. Esse projecto passa pelo direito e defesa da vida, liberdade, segurança, felicidade e paz que, todos, segundo o princípio de subsidiariedade, devemos garantir e defender contra a invasão por parte dos outros.

3- Educação para a Paz.
A perspectiva da Igreja (representada pelos Bispos da CEAST) na compreensão integral do ser humano, caracterizou-se principalmente na “apresentação do humanismo cristão ao angolano como”, segundo o autor, “único caminho para uma verdadeira paz, a paz que Jesus Cristo nos deixou”. A paz como dom; a paz como fruto da compreensão no esforço de cada angolano.

Esta é uma tarefa de todos os dias, no dizer do Concílio Vaticano II (cfr. GS. 78). Eis a razão de uma antropologia dos desafios... que requer de todos nós uma atitude reconciliadora, responsável e de mudança; requer de nós uma “outra voz profética”.

Termino, para não substituir a vossa leitura profética, perguntando: QUAL É A VOZ PROFÉTICA NESTA FASE DE RECONSTRUÇÃO NACIONAL?

- Não bastam os contratos de parcerias, nem avaliações de duas ou três riquezas que podem não resultar do trabalho do homem; mas, em tudo e em todos os programas de educação e reconstrução, colocar a PRIORIDADE NO HOMEM, NO DESENVOLVIMENTO, NO PROGRESSO E NO BEM-ESTAR. Aqui estão outros PROJECTOS para FUTURAS VOZES.

- Obrigado Pe. André, pela iniciativa neste projecto de assuntos que dizem respeito, não só à Igreja angolana, mas a todo o homem universal.

A todos muito obrigado e os meus votos de BOA LEITURA!

Luanda, aos 10 de Julho de 2009

Pe. António Lungieki Pedro Bengui,
Chanceler
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Por sua vez, o autor da obra, André Vela Ngaba, teceu as seguintes considerações:

Excelência e Reverendíssima Dom Luís Scarpe, Bispo Emérito de Ndalatando,
Excelência e Reverendíssima Dom Filomeno, Bispo da Diocese de Cabinda,
Reverendo Padre Dionísio, Secretário da CEAST para área da pastoral,
Reverendo Padre António Lunguieki, Chanceler da Arquidiocese de Luanda,
Excelentíssimo Senhor Sebastião Lukinda, Vice-Ministro do MAPESS,
Excelentíssimo Senhor Zeferino Estevão Juliana, Presidente da ALUAMPINDA,
Dona Lúcia, representante da ALUAMPINDA,
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Ilustres convidados,

É uma honra para a ciência, para o povo angolano e para todos os amantes da paz estarmos aqui reunidos em torno desta obra. Angola: a voz profética dos Bispos da CEAST (1975-2002). Uma antropologia teológica para a educação para a paz.

Há cinco anos, na Universidade Católica Portuguesa, pólo da foz, situado na cidade do Porto, eu escrevia uma tese que tinha como título «O homem nos documentos pastorais dos bispos da CEAST (1975-2002). Uma leitura teológica em busca de uma antropologia para a educação para paz». Feita a defesa desta tese em 2004, na qual surgiu a recomendação, por parte do júri, de publicá-la em livro, surgiu um novo desafio. O de transformar a tese em livro. Para isto tive que simplificar o trabalho tornando-o mais acessível para que todos o pudessem compreender. Esta parte durou praticamente quatro anos. Ou seja, só acabou no ano passado.

Reflectir no que foi a pastoral dos Bispos da CEAST durante o tempo de guerra em Angola é um dos desejos que caracterizou a tese, e agora caracteriza o livro. Parti do pressuposto de que essa pastoral teve um papel substancial para o clima de paz que actualmente se vive em Angola. Assim, à luz dos documentos pastorais publicados pela CEAST entre 1974 e 2003, organizei uma antropologia para uma educação para a paz, tendo em conta o contexto de Angola. É o meu contributo na árdua tarefa de cada um educar-se e educar para a paz.

O quê este livro significa para mim! Dos muitos significados que o livro possa envolver, gostaria apenas de partilhar um. Este livro, acima de tudo, foi uma terapia para mim. Tal como muitos jovens angolanos, eu sou da geração da guerra. Ou seja, nasci na guerra e cresci na guerra, esta guerra tratada no livro. Como diz a página 106 “na guerra de Angola, não terá havido praticamente nenhum angolano que não tivesse experimentado mágoas e suas consequências, directas e indirectas. Daí a tentação de muitos cederem à lei da retaliação”. Citando os Bispos, a página 90 deste livro, diz que muitos angolanos “perderam os pais, outros os irmãos, outros os amigos, outros a saúde, outros a escola, e outros, tudo isso”. Se por um lado vieram-me a memória estes factos durante a investigação, por outro, os resultados alcançados foram para mim uma autêntica terapia para as minhas interrogações, um sorriso cheio de esperança numa Angola melhor, uma Angola de paz, onde o outro seja a minha alegria de existir, a diferença seja apenas a prova de que existimos como seres únicos. O homem, diziam os bispos, “é dom de Deus para o homem”.

Portanto, ler este livro é fazer sim uma descoberta dos conteúdos das cartas pastorais dos bispos da CEAST no que concerne a educação para a paz. Mas é sobretudo entrar num processo de terapia e conversão interior, um processo de libertação rumo ao homem novo, este que vê o outro como dom de Deus. Construir uma nova geração, a geração de filhos da paz, a geração de crianças, jovens e velhos de paz, é um dos desafios a que o livro nos convida.

Termino com algumas palavras de apreço e gratidão a algumas pessoas em particular, principalmente as que fizeram com que hoje estivéssemos aqui. Eterna gratidão aos Frades Menores Capuchinhos de Portugal por toda a ajuda prestada durante os meus estudos em Portugal.

Eterna gratidão a minha família, minha fonte de inspiração: sempre esteve ao meu lado apoiando-me incondicionalmente. Obrigado por tudo, obrigado pela vossa presença nesta cerimónia.

O meu obrigado a todos aqueles que estiveram na organização desta cerimónia. Destaco a associação da ACGD, na pessoa do Dr. Arlindo, a associação da ALUAMPINDA, as Irmãs de Nossa Senhora da Luz que nos cederam o lugar, e a minha família.

Agradeço as palavras do Dom Luís Scarpe, Bispo Emérito de Ndalatando, as do Rev.do Padre António Lungieki, Chanceler da Arquidiocese de Luanda, as do Rev.do Padre Dionísio, Secretário da CEAST, e as da Dona Lúcia na qualidade de membro da ALUAMPINDA.

Tudo isto me anima a divulgar os resultados das minhas pesquisas! Tenho ainda outras. Tenho, por exemplo, um outro livro por publicar. Este sobre a educação em Angola, fruto da tese do meu mestrado. Ainda não saiu porque carece de patrocínios

Obrigado a todos os presentes, obrigado por terem vindo a cerimónia. Obrigado pela vossa presença, obrigado pela vossa amizade. Deus esteja sempre convosco.


Luanda, 10 de Julho de 2009




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A reportagem da apresentação do livro na imprensa nacional:

10-07-2009 19:09 - Fonte: angop

Literatura:

Lançado livro "A Voz Profética dos Bispos da Ceast"

Luanda – O mercado literário angolano conta desde hoje com mais um produto de carácter investigativo, "A Voz Profética dos Bispos da Ceast (1975-2002)", do padre André Vela Ngaba, que retrata a influência da pastoral dos bispos católicos para educação para paz, durante a guerra em Angola.

A obra (uma antropologia profética da educação para paz), de 163 páginas, foi editada pela Sedieca e faz a alusão ao contributo das mensagens de apelo à paz e à harmonia entre os homens, contidas nas cartas saídas das reuniões dos bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (Ceast).

Falando no acto de lançamento, o autor referiu que, com esta obra, tentou reflectir sobre a importância da pastoral dos bispos para a paz no país, tendo concluído que as cartas tiveram, efectivamente, um papel substancial para a saída do conflito em que se vivia.

"Ler este livro é entrar no processo de terapia rumo ao outro, construindo na geração de filhos, pais e avós a importância da paz e o respeito", referiu.

André Ngaba disse que a sua obra representa igualmente uma terapia para si, já que "nasceu da guerra e cresceu nela, num ambiente onde muitos perderam a educação, saúde e outras necessidades".

Ao apresentar a obra, o chanceler da Arquidiocese de Luanda, Pedro Bengui, referiu que o autor fez uma leitura pontual da intervenção da Igreja Católica em Angola, no período da guerra, fazendo análise da antropologia teológica contida nas cartas dos Bispos da Ceast.

O autor, considerou, apresenta uma antropologia teológica, justificando a origem divina do ser humano, criado com cabeça para pensar, liberdade de consciência para tomar decisões e uma vontade par apreciar o bem escolhido.

"A Voz Profética dos Bispos da Ceast (1975-2002) é uma antropologia de esperança, já que a visão dos bispos, nestas cartas, é vencer o mal e voltar a ser homem digno. É uma Antropologia de desafio que sirva para educação para paz, onde todos façam tudo para o bem de todos", sublinhou.

Sacerdote da Diocese de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, estudou Ciências Filosóficas no Seminário Maior de Luanda, Teologias e Ciências Religiosas na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa e é mestre em Ciências da Educação, na área de Administração e Organização Escolar pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica de Portugal.
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13 de Julho de 2009 - Fonte: Rádio Ecclesia
Reportagem e gentileza do Jornalista Armando Chicoca
Intelectuais do país encorajados a contribuir para a cultura da paz e resgate dos valores morais, com literaturas e outras iniciativas a causa do homem. O vice-ministro da educação Pinda Simão fez este apelo no acto do lançamento do livro “Angola: a voz profética dos bispos da CEAST” que teve lugar neste final de semana no auditório do lar da CEAST: “vem engrandecer porque o livro fala na sua essência, sobretudo, no seu conteúdo, fala da cultura da paz que deve ser uma das componentes que a sociedade angolana deve valorizar sobretudo neste momento em estamos a viver algum clima de insegurança, criminalidade, e é sempre bom que tenhamos algumas informações sobre o que é a cultura de paz, o que devemos fazer e o que é que estamos a fazer aqui em Angola. Acredito que o padre Vela terá desenvolvido esta matéria com a devida profundidade e os agentes do ensino vão, penso eu, explorar essa bibliografia para o trabalho que eles desenvolvem, ou na escola, ou na sociedade ou em qualquer meio onde se encontrem pessoas”.

Pinda Simão felicitou o padre André Vela Ngaba pela contribuição a causa da cultura de paz em Angola com esta obra: “é um grande contributo, mais um de tantos que devem existir e acredito que esta por ter referido tudo o que a CEAST vem desenvolvendo durante estes últimos anos, certamente vai lembrar que algo terá acontecido sobretudo naqueles momentos conturbados aqui em Angola. Nós felicitamos o padre por ter nos frisado com este património”.

Sr. Vice-ministro será que iniciativa dessa natureza deve ser, portanto, encorajada a mais pessoas para que apareçam mais bibliografias como estas? “Acho que sim, sobretudo os que trabalham nas ciências humanas, os que estão ligadas as organizações religiosas, são elas que dão uma atenção especial a esta matéria da paz, da cultura da paz, estabilidade, harmonia entre as comunidades, e acredito que há várias outras experiencias que devem ser partilhadas por nós todos e encorajo que outros venham enveredar neste caminho e que nos tragam mais subsídios para o equilíbrio que a nossa sociedade precisa”.

Com 163 páginas o livro “Angola: a voz profética dos bispos da CEAST” reflecte o percurso histórico angolano 1975-2002.

O presidente da Associação de leigos católicos ACGD, Estevão Zeferino Juliana, este disse mesmo que esta obra bibliográfica não é um livro qualquer: “Este não é um livro qualquer, é um livro que sai no quadro de vários documentos da Conferência Episcopal desde 1975-2002 e definiu toda a sua estratégia para a dignificação do homem angolano”.

Podemos dizer que é uma ferramenta para o resgate dos valores morais? “Bem, a Igreja teve sempre esta visão de trabalhar para o bem comum, de trabalhar para a solidariedade, de trabalhar para que o homem seja digno de si próprio, portanto, nós temos que fazer um grande esforço para que cada um sinta-se como homem dentro da sua própria terra”.

O Padre André Vela Ngaba, admite que o facto de ter pertencido a geração sofredora da época seja um dos motivos que o terão influenciado nesta obra: “Sempre estive preocupado por Angola, amo Angola, e depois também eu vivi essa situação toda do conflito armado, no fundo sou dessa geração, talvez tudo isto tenha influenciado em explorar as cartas pastorais dos bispos da CEAST, em explorar o aspecto antropológico dessas cartas e, sobretudo, direccioná-lo para a educação para a paz.

Qual é o momento mais marcante neste livro? “Acho que tudo marca, por isso é que está ai. Acho que tudo que está ai marcou-me de uma certa maneira. E, sobretudo, eu disse na minha intervenção na altura da apresentação do livro de que o livro em si sempre que eu o leio ou releio serve de terapia para mim.

Padre André Vela Ngaba, autor da obra “Angola: a voz profética dos bispos da CEAST”, já no mercado angolano, lançado no auditório do lar da CEAST (…).
Informação confiança, Armando Chicoca em Luanda.
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18 de Julho de 2009 - Fonte: Folha 8

Visão antropológica da Igreja editada em livro


O mercado angolano conta com mais uma obra “A voz Profética dos Bispos da Ceast (1975-2002)” de investigação antropológica. Coube ao notável padre André Vela Ngaba a sua apresentação.

A obra retrata a influência da pastoral dos bispos Católicos para a educação e paz, durante a guerra em Angola. O livro (uma antropologia profética da educação para a paz) tem 163 páginas e é a chancela da Sedieca e faz a alusão ao contributo das mensagens de apelo à paz e harmonia entre os homens, contidas nas cartas saídas das reuniões dos bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (Ceast). Ao tomar a palavra por ocasião do lançamento, o autor referiu que, com esta obra, tentou reflectir sobre a importância da pastoral dos bispos para a paz no país, tendo concluído que as cartas tiveram, efectivamente, um papel substancial para a saída do conflito e que se vivia.

“Ler este livro é entrar no processo de terapia rumo ao outro, construindo na geração de filhos, pais e avós a importância da paz e o respeito”, salientou.
André Ngaba disse que a sua obra representa, igualmente, uma terapia para si, já que “nasceu da guerra e cresceu nela, num ambiente onde muitos perderam a educação, saúde e outras necessidades”.

Ao apresentar a obra, o Chanceler da Arquidiocese de Luanda, Pedro Bengui, destacou que o autor fez uma leitura pontual da intervenção da Igreja Católica em Angola, no período da guerra, fazendo análise da antropologia teológica contida nas cartas dos Bispos da Ceast.
O Padre André Ngaba oferece uma antropologia teológica, justificando a origem divina do ser humano, criado com cabeça para pensar, liberdade de consciência para tomar decisões e uma vontade para apreciar o bem escolhido.

“A Voz Profética dos Bispos da Ceast (1975-2002)” é uma antropologia de esperança, já que a visão dos bispos, nestas cartas, é vencer o mal e voltar a ser homem digno. É uma antropologia de desafio que servirá para a educação, paz, onde todos façam tudo para o bem de todos”, destacou.

O autor é sacerdote da Diocese de Mbanza-kongo, capital da província do Zaire. Estou Ciências Filosóficas no Seminário Maior de Luanda. Teologias e Ciências Religiosas na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. É Mestre em Ciências da Educação, na área de Administração e Organização Escolar pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica de Portugal.